segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Dá-lhe, Dilma! Setor de serviços encolherá pela 1ª vez em 25 anos!

O setor de serviços encolherá pela primeira vez desde que o Brasil voltou a ter eleições diretas para a Presidência da República. Economistas projetam queda de cerca de 1,5% do PIB de serviços este ano. Se a estimativa se confirmar, será o primeiro recuo desde 1990, início do governo Collor, o que significa 25 anos, segundo mostram as séries estatísticas do IBGE. O setor de serviços –que engloba áreas tão díspares quanto crédito, saúde, educação e até cabeleireiros– representa 61% do PIB e 71% do emprego no país. Mesmo em períodos complicados da história do Brasil, os serviços conseguiram crescer. Foi assim no apagão de energia em 2001, na crise pré-eleição de Lula em 2003 ou na turbulência global de 2008. A trajetória só foi interrompida no governo Dilma. “Estamos enfrentando uma recessão prolongada, que começou em 2014 e vai até 2016. Mesmo esse setor, que é relativamente blindado de choques externos e quedas temporárias de atividade, sofre”, diz Silvia Matos, economista do IBRE/FGV. O setor de serviços é dividido em três grandes subsetores: serviços prestados às famílias, às empresas e ao governo. O problema é que todos os segmentos são atingidos pela crise da indústria, pela queda do poder de renda da população e pelo ajuste das contas públicas. O enfraquecimento da indústria e do comércio exterior já vinha prejudicando os prestadores de serviços para empresas. Para a LCA Consultoria, os serviços de transporte e armazenagem, por exemplo, devem recuar 7% no ano. Segundo a CNT (Confederação Nacional do Transporte), a queda na receita líquida das empresas já chega a 30% neste ano. “A crise na indústria e até na agricultura faz com que o transporte tenha dificuldade de repassar os custos que estão subindo, e isso gera enorme pressão”, diz Bruno Batista, diretor executivo da CNT.

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