quinta-feira, 6 de agosto de 2015

Da tribuna do Senado, Collor chama o procurador-geral de "filho da puta"

Investigado pela Lava Jato, o ex-presidente e senador Fernando Collor (PTB-AL) xingou nesta quarta-feira (5) o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, de "filho da puta" durante o pronunciamento que fez na tribuna do Senado para se defender das acusações de que um grupo ligado a ele teria recebido R$ 26 milhões em propina do esquema de corrupção da Petrobras. No momento em que explicava que a apreensão de três carros de luxo em sua casa em julho fazia parte do que chamou de "espetáculo midiático" e que os carros foram comprados com dinheiro lícito, Collor sussurrou o xingamento. "As empresas têm contrato social, estão devidamente registradas na junta comercial, tem suas atividades de acordo com o que define a legislação. Se existem parcelas em atraso é uma questão comercial que diz respeito a mim e ao credor, não podendo em tempo algum, sob o risco de uma grave penalização judicial a quem afirma, que tal atrasos se devem a recursos escusos. Afirmações caluniosas e infames. Filho da puta", disse. Os investigadores justificam que os carros podem ser produto de crime. Além disso, os automóveis estão em nome de empresas, portanto, ele não teria a legitimidade direta para requerer a devolução. Uma das empresas, a Água Branca, tem Collor como sócio. Durante o discurso, Collor acusou o Janot de usar o vazamento seletivo de informações sigilosas da investigação como parte de uma "estratégia ardilosa" para permanecer no posto. 

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