sexta-feira, 7 de agosto de 2015

Parlamentares democratas americanos rejeitam o acordo com o Irã e produzem duro revés para o presidente muçulmano Barack Obama

A esperança do presidente americano, Barack Obama, de preservar o acordo nuclear entre o Irã e as potências mundiais sofreu um revés na noite de quinta-feira, quando Chuck Schumer, um dos principais democratas no Senado dos Estados Unidos, disse que vai se opor ao compromisso firmado. A decisão de Schumer pode abrir caminho para mais congressistas democratas se posicionarem contra o pacto nuclear alcançado em 1.º de julho entre o Irã, os Estados Unidos e outras cinco potências – Grã-Bretanha, França, Rússia e China.  


O senador de Nova York está entre os parlamentares judeus mais influentes nos Estados Unidos. Ele foi o primeiro democrata do Senado a anunciar sua oposição ao acordo. Outro congressista influente da bancada judaica, o deputado Eliot Engel, principal democrata na Comissão das Relações Exteriores da Câmara dos Deputados, também disse na quinta-feira que vai se opor ao acordo nuclear. O primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, tem pressionado os legisladores americanos a rejeitar o acordo nuclear, que ele considera uma ameaça à sobrevivência de seu país. Grupos pró-Israel também estão gastando milhões de dólares em uma campanha para pressionar os membros do Congresso a votar “não”.  O Congresso dos Estados Unidos tem até o dia 17 de setembro para analisar uma resolução de desaprovação do acordo com o Irã. A rejeição ao pacto impediria Obama de eliminar todas as sanções impostas ao Irã pelo Congresso dos Estados Unidos, um componente-chave do acordo que prevê o congelamento do programa nuclear iraniano com garantias de que o país não construirá uma arma. Ao mesmo tempo, durante o primeiro debate na TV entre os pré-candidatos republicanos à Casa Branca, todos os participantes se posicionaram contra o acordo. Os dez pré-candidatos disseram que, caso sejam eleitos presidente dos Estados Unidos, o pacto será cancelado imediatamente.

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