quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Marin negocia fiança de R$ 40 milhões para aguardar julgamento em prisão domiciliar


A Justiça americana quer cobrar quase 40 milhões de reais para que o ex-presidente da CBF, José Maria Marin, preso na Suíça, aguarde seu julgamento por suspeita de corrupção em prisão domiciliar. Representantes da Justiça envolvidos na negociação indicaram que o valor incluiria o apartamento que Marin possui em Nova York. Nesta semana, a Justiça suíça deve anunciar se aceita ou não extraditar o brasileiro aos Estados Unidos. Os advogados de defesa do ex-presidente da CBF já indicaram que se a decisão não der brechas claras para um recurso, desistirão da apelação e aceitarão a transferência. Caso apelem, Marin poderá ficar na prisão suíça, aguardando o resultado do recurso até o final do ano. O dirigente de 83 anos, porém, quer definir seu destino o mais rápido possível e já confessou aos advogados que "sonha" em dormir em sua cama e tomar um banho em sua ducha. Há dois meses, o ex-vice-presidente da Fifa, Jeffrey Webb, pagou uma fiança de 10 milhões de dólares (cerca de 39,8 milhões de reais) para aguardar seu processo em liberdade, nos Estados Unidos. O pacote incluiu bens de seus familiares, propriedades, carros (entregou uma Ferrari 2015, um Range Rover 2014 e um Mercedes-Benz 2003) e ativos financeiros. Até mesmo o anel de diamantes de noivado de sua mulher foi entregue, assim como relógios Cartier e Rolex. No caso de Marin, a negociação pela fiança aponta para um pagamento de 7 milhões de dólares (cerca de 27,9 milhões de reais), além de confisco temporário de seu apartamento, avaliado em 2,5 milhões de dólares (9,9 milhões de reais) no 41º andar na Trump Tower. A garantia ainda teria de ser dada por uma assinatura conjunta dele e de Neusa, sua esposa.

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