quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Mercado financeiro agitado com desastres econômicos do governo petista eleva o dólar a R$ 3,90


O dólar voltou a subir nesta quinta-feira (17) e alcançou a máxima de R$ 3,909 logo após a abertura dos negócios, refletindo preocupações com a política econômica brasileira e a cautela dos investidores antes da decisão de política monetária do Federal Reserve (banco central dos Estados Unidos). Às 11h55 (de Brasília), o dólar à vista, referência no mercado financeiro, tinha valorização de 1,65%, para R$ 3,888 na venda. No mesmo horário, o dólar comercial, utilizado em transações de comércio exterior, avançava 1,43%, para R$ 3,890. Reportagem do jornal "Valor Econômico" publicada nesta quinta-feira afirma que o Instituto Lula e o PT (Partido dos Trabalhadores) estão formulando uma política econômica para flexibilizar as políticas fiscal e monetária, estimulando assim o crescimento do país nos próximos anos. A idéia do projeto é abandonar o ajuste fiscal em curso e reduzir a taxa básica de juros (Selic) "na marra". No Exterior, os olhos seguem voltados à reunião do Fed que termina nesta quinta-feira. Parte dos economistas enxerga possibilidade de aumento dos juros dos Estados Unidos nesta quinta-feira, o que retiraria investimentos do Brasil e encareceria o dólar. O aperto monetário americano deixaria os títulos do Tesouro dos Estados Unidos, considerados de baixíssimo risco, mais atraentes do que aplicações em emergentes. Dados positivos do mercado de trabalho americano divulgados nesta quinta-feira reforçaram algumas apostas de elevação dos juros dos Estados Unidos nesta tarde. Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego caíram em 11 mil na semana encerrada no dia 12, para 264 mil. Foi o menor patamar em dois meses. A maioria dos economistas, porém, espera uma alta do juro apenas em dezembro ou início de 2016. "As apostas de manutenção refletem sinais claros de desaquecimento da economia da China, a queda recente nos preços das commodities e a valorização acumulada do dólar sobre as demais moedas globais nos últimos meses", afirmou Raphael Figueredo, analista da Clear Corretora. Pesquisa da agência internacional de notícias Bloomberg com 114 economistas revelou que 55 esperam que o aperto monetário nos Estados Unidos comece já nesta semana. Os demais apostam na manutenção do juro em seu atual patamar, entre zero e 0,25% ao ano. O Banco Central do Brasil segue vigiando de perto a volatilidade da moeda americana. Nesta quinta-feira, a autoridade deu continuidade à rolagem de swaps cambiais para estender os vencimentos de contratos previstos para o próximo mês. A operação, que tem sido feita diariamente, equivale a uma venda futura de dólares. O clima de cautela também afeta o mercado de juros futuros. As taxas do contrato de DI para janeiro de 2016 apontava 14,425%, ante 14,350% na sessão anterior. Já o contrato de DI para janeiro de 2021 subia para 15,250%, ante 14,990% na quarta-feira. 

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