quinta-feira, 10 de setembro de 2015

O desastre ainda está incompleto

Geraldo Samor fornece um bom resumo da perda de grau de investimento:
Além de cortar a nota — o selo de qualidade que muitos investidores internacionais precisam para investir no Brasil — a S&P ainda disse que a perspectiva para o risco brasileiro é ‘negativa’. Em outras palavras: a nota ainda pode ser cortada em mais um degrau nos próximos meses. A S&P diz que as chances de mais um corte estão “acima de 33%” devido a três fatores: uma piora ainda maior das contas públicas, “potenciais reversões importantes na política econômica” (um recado para o recente enfraquecimento de Joaquim Levy e o fortalecimento de Nelson Barbosa na formulação econômica?), ou ainda devido a uma “turbulência econômica ainda maior” do que a agência espera hoje. A decisão mostra que até mesmo as agências de risco — até agora complacentes com os desvios de curso e retardatárias na avaliação do cenário — perderam a paciência com a incapacidade do País de corrigir uma trajetória fiscal preocupante e implementar reformas que possam ressuscitar o crescimento pelo menos a longo prazo. Em outras palavras, o desastre ainda está incompleto.

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