sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Petrobrás considera reduzir jornada de trabalho e salário


A Petrobrás considera reduzir a jornada de trabalho e o salário dos seus empregados concursados, conforme sua proposta de acordo coletivo para o período de 2015 a 2017. No documento, a petroleira abre espaço para que os funcionários da área administrativa passem a trabalhar 30 horas semanais, em vez das atuais 40 horas. A adesão seria voluntária, mas acarretaria corte de 25% nos ganhos mensais e nos pagamentos por férias e décimo terceiro. Para sair do papel, o acordo coletivo, divulgado na intranet da empresa, depende de negociação com a Federação Única dos Petroleiros (FUP). Além de propor redução salarial e das horas trabalhadas nos escritórios, a petroleira quer reduzir a carga de trabalho de dez para oito horas diárias em unidades operacionais, como plataformas e refinarias. No dia 26 de agosto, a nova direção da empresa havia anunciado que promoveria um corte de “gastos operacionais gerenciáveis” de US$ 12 bilhões até 2019. Na prática, a petroleira vai suspender direitos até então garantidos aos seus trabalhadores - 80,9 mil funcionários próprios e 200 mil terceirizados. Para o representante dos funcionários no conselho de administração, Deyvid Bacelar, a retirada de benefícios e direitos dos trabalhadores é um retrocesso. “Isso é gasolina que a companhia jogou sobre a categoria, agora basta acender um fósforo”, ironizou. “Se a categoria brincar, a empresa pode retirar outros direitos. O governo federal, como acionista controlador, tem responsabilidade sobre esse processo. Não tenho dúvida que vamos ter grande adesão para uma greve forte na categoria", disse ele.

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