terça-feira, 22 de setembro de 2015

Será que vai chegar mesmo a hora de Antonio Palocci?


A Polícia Federal rastreia contas de alvos da Operação Lava Jato que teriam elo com o ex-ministro e "porquinho" petista Antonio Palocci Filho, coordenador-geral da campanha presidencial da petista Dilma Rousseff em 2010. Por meio do memorando 9260/15, de 3 de setembro,o delegado federal Luciano Flores de Lima pede ao Grupo de Análise da Lava Jato que apresente os resultados de pesquisas sobre "todas as informações que possam auxiliar na presente investigação que versa sobre possíveis movimentações financeiras suspeitas envolvendo Antônio Palocci Filho e as pessoas físicas e jurídicas relacionadas a ele, no âmbito da Operação Lava Jato". O inquérito sobre o ex-ministro (Fazenda no primeiro Governo Lula, 2003/2006, e Casa Civil, janeiro a junho de 2011, governo Dilma) foi aberto em abril pela Polícia Federal em Curitiba, base da missão Lava Jato. A investigação foi requisitada pela Procuradoria-Geral da República, mas não no âmbito do Supremo Tribunal Federal porque o petista não tem foro privilegiado. Por isso a investigação ficou a cargo da Polícia Federal no Paraná. Neste inquérito foi promovida uma acareação entre o doleiro Alberto Youssef, peça central da Lava Jato, e o ex-diretor da Petrobrás, Paulo Roberto Costa (Abastecimento). Os dois são delatores, mas citaram pontos divergentes, o principal deles relativo a Palocci. O ex-diretor disse que, em 2010, Youssef o procurou dizendo que Palocci lhe pediu R$ 2 milhões para a campanha de Dilma. O doleiro, no entanto, negou que o ex-ministro tivesse pedido a ele a quantia. Youssef revelou um dado considerado muito importante pelos investigadores. Ele confirmou que entregou R$ 2 milhões em espécie, em 2010, no Hotel Blue Tree da Avenida Faria Lima, em São Paulo, ‘a uma pessoa que desconhece’ – insistiu na versão de que "em nenhum momento foi mencionado que o valor se destinava a Palocci ou a campanha eleitoral de Dila Rousseff". O que chama a atenção dos investigadores é que o endereço na capital paulista mencionado por Youssef é o mesmo citado pelo novo delator da Lava Jato, o lobista Fernando Falcão Soares, o Fernando Baiano, como o local onde teria sido repassado aquele valor para a campanha presidencial. A acareação entre Youssef e o ex-diretor da Petrobrás ocorreu no dia 14 de julho na Polícia Federal em Curitiba, sob presidência do delegado Luciano Flores de Lima (ele é irmão do juiz federal de Santa Maria, Loraci Flores de Lima, que conduz os processos derivados da operação político-policial Rodin, ordenada pelo então ministro da Justiça, o peremptório petista "grilo falante" e poeta onanista e tenente artilheiro Tarso Genro). A delação de Fernando Baiano, apontado como operador do PMDB no esquema de propinas na estatal petrolífera, começou em setembro. Segundo a revista Veja, em sua edição desta semana, Baiano declarou que participou de uma reunião no comitê de campanha da petista em 2010 com Palocci e Paulo Roberto Costa. Ele disse que, ao final do encontro, o coordenador geral da campanha de Dilma o teria orientado a procurar o "dr. Charles", assessor de Palocci no comitê petista, para "acertar a logística" do repasse milionário. Veja revelou que Charles Capella fazia parte da equipe de Palocci.

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