segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Advogado-geral rasgou código de ética

O AGU poderia ter arguido a suspeição de Augusto Nardes em petição dentro do próprio processo ou levantado questão de ordem na hora do julgamento. Mas, ao convocar uma entrevista coletiva para anunciar o que faria, Luis Inácio Adams tentou intimidar publicamente o ministro e seus colegas. Além de ser uma estratégia suicida, Adams infringiu uma série de artigos do Código de Ética da OAB:
- O advogado deve "abster-se de utilizar de influência indevida, em seu benefício ou do cliente", "evitar insinuações a promoção pessoal ou profissional, bem como o debate de caráter sensacionalista" e abster-se de "debater em qualquer veículo de divulgação causa sob seu patrocínio".
E mais:
- "Deve o advogado tratar o público, os colegas, as autoridades e os funcionários do Juízo com respeito, discrição e independência, exigindo igual tratamento e zelando pelas prerrogativas a que tem direito".
Adams perdeu a razão, se é que algum dia teve alguma.
Mas, alguém ainda tem esperança de que o Estatuto da Advocacia valha para alguma coisa diante de uma instituição abastardada como a OAB?

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