domingo, 25 de outubro de 2015

Argentina vai às urnas para escolher o sucessor da peronista Cristina Kirchner em uma eleição incerta

A Argentina abriu neste domingo (25) os centros de votação para mais de 32 milhões de eleitores decidirem quem será o sucessor da presidente Cristina Kirchner. O clima no país é de incerteza sobre um eventual segundo turno. Na Argentina, o candidato precisa obter 45% dos votos ou 40% e vantagem de dez pontos sobre o segundo lugar para vencer no primeiro pleito. As projeções mais recentes apontam que o primeiro colocado, o governista Daniel Scioli, tem 38% das intenções de voto e uma diferença de 9 pontos percentuais do opositor Mauricio Macri, com 29,2%. O terceiro lugar é do peronista de centro-direita Sergio Massa, com 21%. A disputa inclui ainda a progressista Margarita Stolbizer, o ex-presidente Adolfo Rodríguez Saá e Nicolás del Caño, da Frente de Esquerda. 


Caso Scioli consiga os dois pontos percentuais que precisa para obter a margem mínima de votação, será a primeira vez na história argentina que não haverá segundo turno, previsto para ocorrer em 22 de novembro. Se há uma certeza entre analistas é que a Argentina que virá após o dia 10 de dezembro, quando toma posse o eleito, se posicionará mais ao centro do espectro político. Tanto Scioli quanto Macri falam em abertura do país para investimentos, retirada de travas no comércio exterior, necessidade de ajustes (rápidos ou graduais) na economia e na diminuição dos enfrentamentos com a oposição e os meios de comunicação. Os eleitores argentinos também decidirão neste domingo a renovação de metade da Câmara dos Deputados e um terço do Senado, além de governadores de 11 províncias e, pela primeira vez, parlamentares do Mercosul, o bloco econômico da região. Mais de 100 mil membros das forças de segurança argentinas estão a postos pelo país para a eleição. Já a oposição mobilizou milhares de militantes para fiscalizar as mesas de votação diante das denúncias de irregularidades em votações nas províncias neste ano. A Câmara Nacional Eleitoral também fortaleceu medidas para garantir a transparência da votação, como maior controle nas cabines de votação, acompanhamento por GPS dos caminhões que levam as cédulas e cópias adicionais das atas eleitorais. As urnas das 95 mil mesas de votação serão fechadas às 18 horas (19h em Brasília) e a previsão é que os primeiros resultados sejam divulgados à meia-noite.

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