segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal podem voltar a comprar bancos


O Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal podem voltar a fazer aquisições de instituições financeiras, como aconteceu em 2008 e 2009. A autorização foi dada pela presidente Dilma Rousseff por meio da publicação nesta segunda-feira (5) da medida provisória 695. Em 2009, o Banco do Brasil adquiriu parte (49,99%) do banco Votorantim, cujo grupo econômico passava por dificuldades financeiras causadas pela alta do dólar na época. No final do ano anterior, havia adquirido a Nossa Caixa. No mesmo ano, a Caixa Econômica Federal comprou parte do Panamericano, instituição que pertencia ao empresário e apresentador de TV Silvio Santos. Foi uma negociata pavorosa. Posteriormente,foram descobertas fraudes na contabilidade da instituição financeira. A autorização para esse tipo de operação expirou em junho de 2011. A compra de uma parcela inferior a 50% visava manter essas instituições como braços privados dos bancos estatais, sem impor a elas restrições como, por exemplo, contratações via concursos públicos. Em 2013, o Banco do Brasil chegou a oferecer R$ 2 bilhões por mais 25% do Banco Votorantim. A instituição suspendeu as negociações alegando instabilidade no mercado financeiro, mas não chegou a desistir totalmente do negócio. Na mesma medida provisória, o governo incluiu um artigo para ampliar o uso da Lotex (Loteria Instantânea Exclusiva), uma raspadinha destinada a arrecadar recursos para o Futebol. Na semana passada, o Conselho Nacional de Desestatização aprovou a criação da Caixa Instantânea S.A., subsidiária da Caixa Econômica Federal que foi incluída no programa de privatização do governo e vai administrar as raspadinhas. A Lotex poderá contar com outros temas "que possam aumentar a atratividade comercial do produto", além do futebol, como eventos de grande apelo popular, datas comemorativas, referências culturais e licenciamentos de marcas ou personagens.

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