sexta-feira, 30 de outubro de 2015

"Indignado", Lula diz que intimação de filho após festa "não foi coincidência"


O ex-presidente Lula se disse "indignado" com a intimação de seu filho, o "Ronaldinho nº 2", pela Polícia Federal para depor no inquérito da Operação Zelotes. Segundo afirmou a aliados nesta quinta-feira (29), nos bastidores da reunião do diretório nacional do PT, "não foi coincidência" que a Polícia Federal tenha batido à porta do apartamento de Luis Cláudio Lula da Silva às 23 horas da terça-feira (27), dia em que o ex-presidente comemorou seus 70 anos. Lula discursou por mais de uma hora diante da cúpula do PT e disse ser vítima de "muita porradaria", mas que vai "sobreviver" às investigações. Quando o ex-presidente deixou a reunião, logo após sua fala de abertura, alguns dirigentes petistas comentaram reservadamente o assunto e se mostraram surpresos com a intimação de Luis Cláudio. Ao final do encontro, o presidente do PT, Rui Falcão, disse que a intimação do filho do ex-presidente Lula foi "mais uma arbitrariedade" cometida pela Polícia Federal. Falcão disse inclusive que "intimar alguém às 23h é ilegal". A cúpula do PT afirma, em documento aprovado e divulgado nesta quinta, que Lula é "alvo prioritário de armações que se multiplicam em núcleos da Polícia Federal, do Ministério Público e do Poder Judiciário vinculado a operações supostamente anticorrupção". A amigos, Lula tem dito que está "revoltado" com a "falta de controle" do ministro José Eduardo Cardozo (Justiça) diante das ações da PF. O ex-presidente já pediu a troca do ministro diretamente a Dilma Rousseff, mas ela resiste. 

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