quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Jornal The New York Times diz que o muçulmano Obama reconsidera retirada militar total do Afeganistão

O presidente dos Estados Unidos, o muçulmano Barack Obama, está reconsiderando a retirada prometida de militares americanos do Afeganistão, segundo o jornal "The New York Times". Obama havia prometido trazer de volta toda a força excedente no país antes do fim do seu mandato —seu sucessor será eleito em novembro de 2016 e deve assumir o posto em janeiro do ano seguinte. Atualmente, porém, a difusão do Taleban ao longo do território afegão é a maior desde que o regime terrorista islâmico foi deposto do poder central no país, em 2001. No último dia 28 de setembro, o Exército afegão e as forças da Otan no país, comandadas pelos Estados Unidos, foram pegas de surpresa pela tomada da cidade estratégica de Kunduz, no norte, pelo Taleban. A cidade foi posteriormente reconquistada.


A presença americana também foi alvo de intensas críticas depois do bombardeio, por aeronaves dos Estados Unidos, de um hospital gerido pela ONG Médicos Sem Fronteiras, no dia 3, que deixou ao menos 22 mortos. O Pentágono afirma que o ataque foi um engano provocado por um erro operacional. No momento, de acordo com o "The New York Times", a proposta considerada mais seriamente é a de manter entre 3.000 e 5.000 militares nas missões de contraterrorismo, conforme a sugestão do general Martin Dempsey, membro do Estado-Maior Conjunto dos EUA. As propostas do Pentágono variam de um contingente de cerca de mil pessoas, que cuidariam, principalmente, da segurança de diplomatas americanos em Cabul, a manter a atual força, de 9.800 militares, que permitiria às forças dos Estados Unidos continuar prestando assessoria e treinamento aos afegãos. No início de outubro, o general americano John Campbell, chefe das forças internacionais no Afeganistão, afirmou ao Congresso que aconselhou Obama a manter mais de mil militares dos Estados Unidos no país para que a capacidade de treinamento das forças locais não fosse comprometida. Ele não disse qual foi o número exato de militares recomendado. Desde o início da incursão americana no país, em 2001, os Estados Unidos já gastaram US$ 65 bilhões — nos últimos cinco anos, a maior parte dos recursos foi utilizada na consolidação do Exército e da polícia locais. A guerra no Afeganistão é a mais longa já lutada pelos Estados Unidos em toda a sua história.

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