quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Moody's avisa, as reservas em dólares da Argentina só duram até o dia 10 de dezembro

A agência de classificação de risco Moody's acendeu o alerta para o baixo nível de reservas em dólar que o próximo presidente da Argentina vai herdar após a saída de Cristina Kirchner do poder. Segundo a Moody's as reservas em moeda forte em poder do Banco Central do país só devem durar até o fim do ano. A peronista populista e muito incompetente Cristina Kirchner deixa a Presidência em 10 de dezembro, após eleição presidencial do próximo dia 25. "Não estamos falando de uma crise como a de 2001 e 2002, já que as pessoas não estão endividadas em dólares, mas sem financiamento externo – a situação é que não há dólares suficientes para cobrir as necessidades", disse o analista da Moody's, Gabriel Torres, em Buenos Aires.
 

Fora do mercado internacional de crédito desde julho de 2014, quando rejeitou negociar com credores estrangeiros, a Argentina depende basicamente das exportações para obter dólares. Mas também essa receita vem diminuindo, com a queda no preço das matérias-primas no mercado internacional e a recessão no Brasil, seu principal parceiro comercial. Com a escassez de dólares, o governo limitou a compra de insumos importados pelas indústrias, o que estancou a economia local. A nova projeção do Fundo Monetário Internacional é que a Argentina crescerá 0,4% neste ano e, em 2016, terá uma retração de 0,7%. Os candidatos à Presidência reconhecem o problema, mas têm opiniões distintas sobre como sair da situação. O governista Daniel Scioli, favorito para vencer a disputa, quer atrair investimentos externos e, com isso, liberar gradualmente as restrições à importação. Ele diz que destravar a negociação com os credores e retomar empréstimos no Exterior não são prioridade de seu governo, mas seus aliados sinalizam o contrário. Segundo colocado na corrida pela Casa Rosada, Mauricio Macri, da coligação Cambiemos, de centro-direita, defende um ajuste imediato na economia, o que poderia significar uma desvalorização do peso. O objetivo é restabelecer o crescimento mais rapidamente. 

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