domingo, 18 de outubro de 2015

O apartamento-sonda de Lulinha

Fernando Baiano disse que pagou os 2 milhões de reais para a nora de Lula por meio de contratos de fachada com uma empresa de equipamentos de José Carlos Bumlai. O Antagonista revelou ontem à noite que a empresa é a Immbrax, sociedade dos grupos Bumlai e Bertin. A Immbrax já havia sido citada na Lava Jato. Como todas as outras denúncias envolvendo Lula, porém, o assunto foi rapidamente esquecido pela Lava Jato e pela imprensa. Nove meses atrás, Paulo Roberto Costa disse que José Carlos Bumlai tinha um “contato muito próximo” com Fernando Baiano. Mais do que isso: ele disse que José Carlos Bumlai havia garantido a Fernando Baiano livre acesso à Petrobras. A partir do depoimento de Paulo Roberto Costa, a PF descobriu que, entre 2010 e 2011, uma empresa de José Carlos Bumlai - a Immbrax, claro - havia faturado 2,5 milhões de reais só em vendas diretas à Petrobras, por meio de contratos firmados na modalidade de convite. Agora podemos contar o resto da história: a propina que saiu da Petrobras para o contrato dos navios-sonda foi parar no apartamento de Lulinha, segundo o depoimento do delator. Paulo Roberto Costa tem de ser interrogado novamente. E José Carlos Bumlai tem de ser preso, a fim de que a Lava Jato possa, finalmente, incriminar Lulinha e Lula.

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