sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Petrobras estuda construir gigantesca plataforma; propinas poderão muito maiores



A Petrobras estuda a construção de uma plataforma gigante de produção de petróleo para o campo de Libra, no pré-sal da Bacia de Santos. A unidade em estudo teria capacidade para produzir 225 mil barris de petróleo e 18 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia. Hoje, as maiores unidades em operação no Brasil podem produzir 180 mil barris de petróleo e 8 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia. No mundo, as maiores plataformas estão instaladas na costa oeste da África — o campo de Dalia, em Angola, por exemplo, tem uma plataforma de 240 mil barris por dia. A busca por plataformas de maior porte tem por objetivo reduzir custos e garantir capacidade de processamento dos grandes volumes de petróleo e gás dos poços do pré-sal. Em Libra, por exemplo, a vazão de cada poço pode chegar a 50 mil barris por dia — os melhores poços em operação no País atualmente estão na casa dos 40 mil barris. Além disso, o reservatório tem uma grande razão gás/óleo, o que significa que, para extrair o petróleo, a Petrobras e seus sócios terão que produzir grandes quantidades de gás. Por isso, o projeto piloto de produção no campo terá uma plataforma com capacidade para produzir 12 milhões de metros cúbicos de gás por dia, maior que todas as unidades instaladas no País. A licitação para a compra da plataforma já foi iniciada e deve ser concluída até o fim do ano. O projeto deve entrar em operação em 2019. Segundo Fábio Queiroz, técnico responsável pela área de sistemas de produção do grupo que desenvolve o projeto de Libra, a construção de uma plataforma gigante esbarra, principalmente, no prazo de construção do casco — uma vez que, dado o tamanho das instalações, não seria possível converter um navio existente. Maior descoberta de petróleo do Brasil, Libra foi a primeira área leiloada sob o regime de partilha da produção. O leilão foi vencido por um consórcio formado por Petrobras, a francesa Total, a anglo-holandesa Shell e as chinesa CNOOC e CNPC. Em 2017, o consórcio dá início a um teste de longa duração do reservatório, com uma plataforma com capacidade para produzir 50 mil barris de petróleo por dia.

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