segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Polícia Federal faz buscas em escritório do filho de Lula e prende lobista

Luis Claudio Lula da Silva, filho do ex-presidente Lula
A Polícia Federal deflagrou nesta segunda-feira a quarta fase da Operação Zelotes, que investiga fraudes em julgamentos do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais, ligado ao Ministério da Fazenda. Em comunicado, a Polícia Federaç informou que 33 mandados judiciais estão sendo cumpridos nesta manhã, sendo seis de prisão preventiva, nove de condução coercitiva e dezoito de busca e apreensão. Os policiais fizeram buscas no escritório de Luís Claudio Lula da Silva, filho do ex-presidente Lula. Ele é dono da empresa LFT Marketing Esportivo, suspeita de receber pagamentos de uma das consultorias investigadas por lobby na "compra" da MP 471, que prorrogou benefícios fiscais de empresas do setor automobilístico. De acordo com as investigações, a Marcondes & Mautoni Empreendimentos repassou à LFT 2,4 milhões de reais - o valor foi transferido em parcelas de 400.000 reais. A empresa foi aberta por Luís Claudio em 2011, mesmo ano em que a MP começou a vigorar. Entre os presos está o lobista Alexandre Paes dos Santos, conhecido como "APS", suspeito de participar do esquema de negociação da MP, e o ex-conselheiro do Carf, José Ricardo da Silva. O dono da Caoa, Carlos Alberto Oliveira Andrade, foi alvo de condução coercitiva. A Polícia Federal também faz busca e apreensão na casa de Fernando César Mesquita, que já foi porta-voz da Presidência da República, no governo de José Sarney, e secretário de comunicação do Senado em gestão do mesmo Sarney. "Esta nova etapa da operação aponta que um consórcio de empresas, além de promover a manipulação de processos e julgamentos dentro do Carf, também negociava incentivos fiscais a favor de empresas do setor automobilístico", informou a Polícia Federal, em nota. A operação encontrou provas que indicam "provável ocorrência" de tráfico de influência, extorsão e corrupção de agentes públicos para que "uma legislação benéfica a essas empresas fosse elaborada e posteriormente aprovada". Cerca de 100 agentes participaram da operação deflagrada no Distrito Federal, São Paulo, Piauí e Maranhão.

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