quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Usinas eólicas ajudam leilão de energia a ter recorde de projetos inscritos



O presidente da EPE (Empresa de Pesquisa Energética), o petista Maurício Tolmasquim, disse que 1.055 usinas se inscreveram no leilão ser realizado para firmar contratos de fornecimento de energia a partir de 2021 (A-5), sobretudo de energia eólica. O leilão será realizado em 2 de fevereiro do próximo ano. As usinas inscritas, que ainda terão que ser construídas, tem capacidade de 47.618 megawatts, o que representa cerca de 35% da capacidade instalada no País. Segundo Tolmasquim, o número de interessados no leilão seria um recorde brasileiro e mundial. Ele não apresentou, no entanto, um levantamento com esse comparativo. O presidente da EPE disse que o número é algo a ser notado. "Em um período de crise ter tantos projetos inscritos é algo a ser notado", disse o petista Tolmasquim. "Há essa atratividade porque o modelo do setor dá tranquilidade. O vencedor tem contrato de longo prazo e a receita é garantida, mesmo que a economia tenha queda, disse. O leilão vai oferecer contratos com prazo de suprimento de 30 anos para hidrelétricas; termelétricas a biomassa e a carvão terão contratos de 25 anos; termelétricas a gás natural e eólica terão 20 anos de energia contratada. Nem todos os projetos inscritos, no entanto, serão realmente contratados no leilão. O volume de energia a ser contratada no leilão vai depender, na época da previsão de demanda feita pelas distribuidoras de energia elétrica. O destaque foram as usinas eólicas. São 864 usinas, num total de 21.232 megawatts, 45% do total da energia. A maior parte dessas usinas está prevista para os Estados da Bahia e Rio Grande do Norte. Um das surpresas foi o Estado do Rio de Janeiro, com sete usinas a gás natural (5.114 megawatts) e uma pequena central hidrelétrica. A maior parte das usinas usaria gás natural liquefeito (GNL, transportado por navios). São Paulo tem 19 usinas inscritas, num total de 1.775 megawatts. Desse total, 14 usinas são de biomassa, a maior quantidade entre os Estados. Há ainda um projeto de biogás, três de térmica a gás natural e uma pequena central hidrelétrica. No total, somente seis hidrelétricas foram inscritas no leilão, com previsão de geração de 529 megawatts. Das seis, quatro estão previstas para o Paraná, uma em Goiás e outras no Tocatins, segundo os dados da EPE. Entre as hidrelétrica não está a de São Luiz de Tapajós, no Pará, empreendimento de 8 mil megawatts, previsto para ser leiloada a partir no próximo ano. "As conversas sobre Tapajós estão ocorrendo e gostaríamos de leiloar no primeiro semestre ", disse Tolmasquim. No início de outubro, a presidente do Ibama, Marilene Ramos, disse que ainda não existe ainda prazo para a emissão da licença prévia da usina, mas que a previsão de leiloar no primeiro semestre deste ano seria "apertada". Para Tolmasquim, contudo, a questão principal relacionada à construção da usina hidrelétrica de São Luiz de Tapajós é a indígena. "Outras questão são contornáveis. Se Funai der o ok, será automático no Ibama", disse Tolmasquim.

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