sexta-feira, 13 de novembro de 2015

A aliados Lula defende Meirelles na Fazenda para deter impeachment


Crítico ao ministro Joaquim Levy, o ex-presidente Lula defendeu nesta quinta-feira (12) a indicação do ex-ministro do Banco Central Henrique Meirelles para o comando do Ministério da Fazenda na tentativa de evitar que a atual crise econômica aumente a rejeição ao governo da presidente Dilma Rousseff. Em viagem a Brasília (em jatinho não declarado sobre quem pagou a conta), na qual conversou com advogados e petistas, ele avaliou que refluiu o movimento pelo impeachment da presidente, mas considerou que ele pode voltar com força caso o governo federal não faça mudanças na atual política econômica e evite retrocessos nas conquistas sociais das administrações petistas à frente do Palácio do Planalto. Para ele, Meirelles à frente do Ministério da Fazenda traria uma "perspectiva de futuro" para o mercado financeiro e "mudaria o humor" da sociedade, que atualmente estaria pessimista com o aumento da inflação e do desemprego. Em favor do ex-presidente do Banco Central, Lula afirmou que Meirelles tem mais "jogo de cintura" para lidar com a crise política. O petista avaliou ainda que atualmente é menor a resistência no governo federal ao nome de Meirelles. Ele costuma fazer uma brincadeira, dizendo que se hoje a presidente afirma não gostar dele, a situação melhorou. "Hoje ela diz que não gosta dele, mas antes nem queria ouvir falar no nome dele. Então, melhorou", afirmou. Nas conversas, Lula disse que o "prazo de validade de Levy venceu" e que o nome de Meirelles é necessário para "recuperar a credibilidade e confiança no governo federal". Nas conversas em Brasília, Lula voltou a se queixar da perseguição da Polícia Federal ao seu filho, Luis Cláudio Lula da Silva, cuja empresa foi alvo de busca e apreensão pela Operação Zelotes. Sob pressão de seu próprio partido, a presidente tem defendido a permanência de Joaquim Levy no governo federal, mas tem começado a ponderar a necessidade de mudanças no ajuste fiscal capitaneado pelo ministro.

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