sábado, 7 de novembro de 2015

Aécio Neves afirma que as provas contra o presidente da Câmara são contundentes; isso quer dizer que o PSDB já rifou Eduardo Cunha


O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), afirmou nesta sexta-feira (6) que são contundentes as provas contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), investigado por supostamente receber dinheiro de corrupção em contas na Suíça. "A partir do momento em que surgem as denúncias, nossa bancada tem que votar com as provas, e as provas são contundentes contra Cunha", afirmou Aécio em entrevista a rádio Metrópole, da Bahia. Mais tarde, após participar de um debate sobre segurança pública na capital baiana, o senador afirmou serem "extremamente graves" as denúncias contra Cunha, que estaria numa posição "frágil" e que "contamina" a Câmara dos Deputados. O significado disso é que o PSDB já rifou Eduardo Cunha. 


Segundo Aécio Neves, os deputados do PSDB votarão "de acordo com as provas" tanto no Conselho de Ética, quanto no plenário, numa possível votação pela cassação do mandato de Cunha. Ainda defendeu que o relator do processo que investigará Cunha, deputado Fausto Pinato (PRB-SP), atue com independência na condução do caso. O senador mineiro, contudo, evitou em falar nos acordos da oposição com Cunha em torno do pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). E aproveitou para reiterar que os tucanos não apoiaram Cunha para a presidência da Câmara e votaram no deputado Júlio Delgado (PSB). "O PSDB não votou no presidente da Câmara. Mas a partir do momento em que ele venceu e nos ofereceu alguns espaços para que exercêssemos nossas funções de oposição, isso foi feito a luz do dia", disse. Ex-governador de Minas Gerais (2003-2010), Aécio Neves também comentou sobre o rompimento de duas barragens de uma mineradora na cidade histórica de Mariana (124 km de Belo Horizonte) e afirmou que o momento é de "solidariedade com as vítimas". Aécio Neves, contudo, evitou apontar responsabilidades do atual governo de Fernando Pimentel (PT), nem dos governos anteriores do PSDB, na fiscalização das barragens que se romperam. "É preciso que se investiguem as causas, mas não cabe fazer agora dessa questão uma questão política, seja atacando o atual governo, seja atacando o governo anterior", afirmou.

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