quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Deputado Osmar Terra pede decretação de situação de emergência para combater epidemia da microcefalia


O deputado federal gaúcho Osmar Terra pronunciou nesta quinta-feira um contundente discurso na Câmara, no qual defendeu a criação imediata de um comitê de de emergência que reúna o Ministério da Saúde, Forças Armadas, Polícia Militar, Polícia Civil, bombeiros, governos de Estados e municípios para combater o mosquito aedes aegypti, transmissor do vírus zika, causador da microcefalia. O deputado foi escolhido esta tarde como coordenador na Câmara do tema microcefalia. Osmar Terra (PMDB-RS), presidente da Frente Parlamentar da Saúde e da Frente Parlamentar Mista da Primeira Infância foi secretário da Saúde do Rio Grande do Sul durante oito anos, com experiência em crises como da dengue, gripe A H1N1 e febre amarela. Ele fará a intermediação entre a Câmara dos Deputados e o Ministério da Saúde. Disse Terra: "Os casos aumentam diariamente, de forma assustadora. Não houve e nem haverá tão cedo uma situação tão grave como essa. O governo deve se articular para responder, não só para tentar prevenir, e esse é o grande esforço que o ministro da Saúde Marcelo Castro está fazendo, mas também mobilizar e fazer gabinete de crise. Podemos ter casos de zika vírus em todo o Brasil, em pouco tempo. Precisamos de medidas drásticas, emergenciais, mobilizar todo o poder que o Estado brasileiro tem para destruir os focos, prevenir a contaminação, como, por exemplo, propaganda institucional diária na televisão, no rádio, nos jornais. É preciso orientar as gestantes a, se possível, adiarem a gestação". O parlamentar pediu que os municípios e estados decretem medidas de emergência: "Em alguns lugares, e eu vivi essa experiência com a dengue no Rio Grande do Sul, uma retroescavadeira e a Secretaria de Obras fazem mais do que a Secretaria de Saúde, eliminando os focos de mosquitos. Deve-se distribuir repelentes, colocar telas nas janelas, apoiar a população mais humilde, que não tem recurso para fazer tanto. Se isso não for feito, vai ser uma enorme tragédia para a saúde brasileira".

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