domingo, 15 de novembro de 2015

Em Cuiabá, Bolsonaro se diz contra terra para índios e cota para negros


Em Cuiabá, na sexta-feira, o deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) disse ser contra a vitimização de negros, gays e índios e cotas para afrodescendentes. Segundo ele, o País é de miscigenação e, por isso, não deve haver privilégios para determinadas pessoas. "Não sou contra negros. A minha briga é contra cotas. Somos um povo miscigenado, somos iguais e não podemos criar privilégios", frisou, ao passo que defendeu a integração dos índios aos 'brancos'. Na avaliação dele, o País corre o risco ao reservar grandes áreas de terra aos indígenas. "Temos uma área maior que a região Sudeste demarcada para índios e os índios devem ser integrados a nós. Criamos em 1985, no final do governo José Sarney, o projeto Calha Norte para vivificar o Norte do nosso País e agora está demarcada como terra indígena. Estamos perdendo toda a região Norte por pessoas que não querem se inteirar do risco que estamos tendo de ter presidentes índios com borduna nas mãos", declarou. Uma das justificativas apresentadas por ele contra a destinação de áreas para comunidades indígenas é o "prejuízo para o agronegócio", além de prejudicar outros interesses comerciais. "A política ambiental é péssima em nosso País. Se quiser fazer uma hidrelétrica, em Roraima ou no Vale do Ribeiro, por exemplo, é impossível, tendo em vista a quantidade de terra indígenas, quilombolas, estação ecológica, parques nacionais. Tem que colocar um fim nessa política xiita que está sufocando o Brasil", afirmou o parlamentar. Em entrevista à rádio Centro América FM, na sexta-feira (13), Bolsonaro alegou ter votado a favor do deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ) a presidência da Câmara dos Deputados por falta de opção. Afirmou que a idéia era votar contra o PT: "Voto em qualquer um contra o PT, porque o PT tem um projeto absoluto de poder, dentro desse contexto". Também se manifestou sobre a chegada de estrangeiros no País, que, na análise do parlamentar, pode fazer parte de uma estratégia do atual governo para se perpetuar no poder com a ajuda de imigrantes. "São 44 mil haitianos no Brasil e a Dilma Roussef escancarou a porta para os refugiados do norte da África e por volta de 11 mil cubanos que tem seus familiares como reféns em Cuba. Não podemos nos esquecer que esse pessoal que, após a cassação do governo João Goulart, por parte do Congresso Nacional, sumiu do Brasil e grande parte foi para Cuba", enfatizou. 

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