quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Em mais um ato pró-impeachment, oposição lança painel de assinaturas


Deputados de oposição fizeram na tarde desta quarta-feira (4) mais um movimento pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff e lançaram um painel que ficará no salão verde da Câmara e poderá ser assinado por todos os deputados que apóiam a causa. A idéia é que, com a exposição dos adeptos do impedimento de Dilma, parlamentares se sintam pressionados a assinar o banner. Durante a coletiva de imprensa concedida pelos líderes dos principais partidos de oposição, o mural completou 22 assinaturas dentre os 513 deputados – nenhuma de parlamentar de partido da base aliada ao governo. Manifestantes pró-impeachment acampados no salão verde desde quarta-feira passada (28) aplaudiram os deputados da oposição e mantiveram os gestos simbólicos pelo "fora, Dilma". Parte do grupo permanece acorrentada a uma das pilastras do salão verde. O líder do PSDB na Casa, Carlos Sampaio (SP), destacou que o objetivo do ato desta tarde "é mostrar ao Brasil quem é favorável ao início do processo de impeachment da presidente Dilma e permitir que os cidadãos pressionem seus parlamentares". Os líderes oposicionistas esperam que o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), decida sobre o pedido de impeachment que tem a assinatura di ex-petista Hélio Bicudo e do jurista Miguel Reale Jr. ainda em novembro. O painel é mais uma manifestação de pressão da oposição pelo impedimento de Dilma. Em setembro, lançaram um abaixo-assinado na internet. A Folhaconstatou à época que a petição é suscetível a fraudes, sendo possível assiná-la várias vezes, usando nomes ou informações de terceiros ou usando nomes fictícios. Além dos manifestantes que estão acampados no salão verde, um outro grupo, do MBL (Movimento Brasil Livre), está em frente ao Congresso Nacional há quinze dias, desde que a peça que pede o impeachment de Dilma foi protocolada pela oposição. Acampamentos e qualquer outro tipo de construção são proibidos no local, mas o presidente Eduardo Cunha disse que autorizou a permanência dos manifestantes sob argumento de que não afetam a ordem pública.

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