sexta-feira, 6 de novembro de 2015

Inflação em 12 meses já passa de 10% em 5 das 13 regiões pesquisadas pelo IBGE

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) já passou de dois dígitos em cinco das 13 regiões analisadas pelo IBGE nos 12 meses terminados em outubro. A inflação oficial já passou da casa dos 11% em Curitiba (11,52%) e Goiânia (11,19%). Em São Paulo, o IPCA nesse período é de 10,94%, em Porto Alegre é de 10,49%, em Fortaleza é de 10,02%, enquanto no Rio é de 9,90%. "O resultado geral do Brasil em 12 meses quase encostou nos dois dígitos, foi por um triz. Olhando individualmente os estados, cinco deles já ultrapassaram os 10% e a população está sendo mais penalizada pela inflação", diz Eulina Nunes dos Santos, coordenadora de Índices de Preços do IBGE. A meta de inflação do governo é de 4,5%, podendo variar dois pontos para cima ou para baixo. Mas economistas ouvidos pela pesquisa Focus realizada semanalmente pelo Banco Central acreditam que o índice de preços só vai voltar ao centro da meta após 2018. Nesta sexta-feira, o IBGE divulgou que o IPCA ficou em 0,82% em outubro, acelerando frente ao 0,54% registrado em setembro, quando ficou em 0,54%. É a maior taxa para meses de outubro desde 2002 (1,31%). O resultado divulgado nesta sexta-feira pelo IBGE também ficou acima do 0,42% registrado no mesmo mês do ano passado. No acumulado dos últimos 12 meses, chegou a 9,93%, o mais alto desde 2003. E, no ano, soma 8,52%, o maior patamar desde 1996, quando o índice ficou em 8,70%. Segundo ela, o IPCA chega a dois dígitos até o fim do ano: "O que ainda se espera por vir, para novembro, são altas em alguns itens monitorados, e o que mais tem impacto é o da energia elétrica. Os dois dígitos já estão muito próximos e vai depender do resultado dos dois últimos meses, que no ano passado foram muito altos. Que números serão trocados pelos do ano passado?" Em 12 meses, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a inflação para famílias com renda até cinco salários mínimo, passou dos dois dígitos este mês, chegando a 10,33%. De acordo com Eulina, isso significa, que a população de renda mais baixa que tem os alimentos com maior participação está sofrendo mais. 

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