quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Juíza que autorizou busca na casa de filho de Lula é afastada da Operação Zelotes

Uma semana após autorizar a deflagração de uma nova fase da Operação Zelotes, que incluiu prisões e busca e apreensão na firma de um filho do ex-presidente Lula, a juíza federal substituta da 10ª Vara Federal do DF, Célia Regina Ody Bernardes, não responde mais pelos processos e inquéritos relativos à investigação. A juíza deixou o caso porque o juiz titular da vara, Vallisney de Souza Oliveira, regressou nesta quarta-feira (4) do órgão em que atuava desde novembro de 2014, o Superior Tribunal de Justiça. Muito providencial, não é mesmo? Durante um ano, Oliveira exerceu a função de juiz instrutor do ministro Napoleão Maia. Segundo o juiz, sua atividade no STJ tinha um prazo inicial previsto de seis meses e foi renovada por uma vez, até o início deste mês. Ele reconheceu que, pelas regras em vigor, poderia continuar no STJ até novembro de 2016, com mais duas renovações de seis meses, mas decidiu regressar à vara federal porque considerou que seu trabalho no tribunal "já estava feito". "Foi pura coincidência, pura coincidência", disse o juiz Vallisney Oliveira àFolha nesta quarta-feira. Claro, foi pura coincidência. Todo mundo acredita. Ele disse que a juíza Célia Regina fez "um bom trabalho" e que ela "deu esse impulso todo" à investigação. "Eu sou o juiz natural do processo, esse inquérito sempre foi meu, atuei nele dez meses, dei um monte de quebras de sigilo e outras medidas. Esse inquérito já está há algum tempo aqui na vara. Agora ele vai ter que ir mais rápido por causa das prisões, tem réus presos. E vamos conduzir com tranquilidade o inquérito", disse Oliveira. O juiz disse que tem "obrigação" de tocar o caso Zelotes. "Como ele fez parte do meu acervo, eu não posso [deixar de julgar]. Eu tenho o deve de atuar nele, dever de juiz", disse o magistrado. Oliveira é juiz federal há 20 anos. Começou atuando na Justiça Federal de Manaus (AM) e está há cinco anos no Distrito Federal. Em 2012, acolheu uma manifestação do Ministério Público e determinou o arquivamento de inquérito sobre a ex-ministra Erenice Guerra. No STJ, atuou em inquéritos sobre governadores, conselheiros de tribunais de contas e desembargadores. Investigadores da Zelotes temem um retrocesso na apuração, pois a juíza Célia Regina havia empreendido novo ritmo ao caso e autorizado medidas solicitadas pelo Ministério Público Federal com as quais o juiz que a antecedeu no caso, Ricardo Augusto Soares Leite, não havia concordado.

Um comentário:

"Política sem medo" disse...

E tudo coincidencIa, claro. So que o caso que o juiz titular diz ter arquivado que e o de Erenice Guerra foi um pessimo negocio porque ela continuou fazendo os mesmos mal-feitos, tanto que agora foi pescada pela Operacao Zelotes movimentando dinheiro grande, juntamente com Palocci, Lula e outros. Portanto o arquivamento do processo dela causou danos a nacao e agora "coincidenteemente" ele volta para o seu lugar para fazer o mesmo - arquivar os mal-feitos de Luiz Claudio Lula, filho do chefe da quadrilha. INACEITAVEL!