quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Ministros fazem reunião de emergência para discutir situação de Delcídio



O ministro da Casa Civil, Jaques Wagner se reuniu com os ministros Edinho Silva ( Comunicação Social) e Ricardo Berzoini ( Secretaria de Governo) em seu gabinete no Palácio do Planalto para discutir a situação do líder do governo no Senado, Delcídio do Amaral (PT-MS). Preso na manhã desta quarta-feira pela Polícia Federal, na Operação Lava-Jato, ele será afastado do cargo. A escolha do interino será feita ainda hoje e será divulgada em breve. O ministro Jaques Vagner (Casa Civil) afirmou que a prisão do senador pegou o governo de surpresa e que é uma situação inusitada. "É uma situação inusitada. Tudo que vem lá das investigações é inesperado. É claro que ficamos surpresos", disse o ministro. A ordem no Planalto é aguardar a apuração dos fatos. Mais cedo, o ministro Ricardo Berzoini esteve com a presidente Dilma Rousseff e já começou a consultar senadores aliados sobre a melhor escolha para a liderança do governo. Um dos vice-lideres do Senado deve assumir o cargo interinamente. Entre os eventuais candidatos estão Hélio José (PSD-GO), Paulo Rocha (PT-PA), Wellington Fagundes (PR-MT) e Telmário Mota (PDT-RR). Mas a tendência é que o escolhido não seja nenhum senador do Partido dos Trabalhadores. A preocupação neste momento é que o caso paralise o Congresso. Berzoini não quis falar sobre o assunto: "Estou só aguardando informações", disse o ministro. Delcídio Amaral foi preso preventivamente no flat onde mora em Brasília, sob acusação de ameaçar familiares do ex-diretor Internacional da Petrobras Nestor Cerveró e de ter oferecido a ele ajuda para fugir do Brasil e não revelar nada sobre o esquema de corrupção da Petrobras. Em um procedimento inédito, a prisão do parlamentar sem condenação foi determinada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki. Também foram presos o banqueiro André Esteves, do banco Pactual, o chefe de gabinete do senador, Diogo Ferreira Rodrigues, e o advogado Edson Ribeiro, que trabalha para Cerveró. Todos estão envolvidos na mesma acusação, de obstrução da Justiça. 

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