quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Multa a Samarco por desastre em Mariana deve chegar a R$ 250 milhões


A multa do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) que deve ser aplicada à mineradora Samarco, responsabilizada pelo rompimento das duas barragens na região de Mariana, em Minas Gerais, deve ser próxima de R$ 250 milhões. Já as indenizações por danos materiais, ambientais e humanos devem atingir a casa do bilhão. A opção por uma multa rígida foi determinação da presidente Dilma Rousseff e da ministra do Meio Ambiente, a petista Izabella Teixeira. Sete dias depois de um "mar de lama" ter destruído um vilarejo, e causar a morte de pelo menos seis pessoas. e o desaparecimento de outras 19, Dilma Rousseff sobrevoou a região mineira e cidades do Espírito Santo nesta quinta-feira (12). Ao menos 600 pessoas ficaram desalojadas e estão em hotéis da região. Executivos da Vale e da BHP (mineradora australiana) – donos da empresa responsável pelas minas foco da tragédia – falaram publicamente pela primeira vez nesta quarta-feira (11). Os presidentes da Vale, Murilo Fereira, e da BHP, Andrew Mackenzie, anunciaram a criação de um fundo de assistência às vítimas e ao meio ambiente. 


Na quinta-feira (5) da semana passada, duas barragens se romperam em Bento Rodrigues e destruíram o subdistrito de Mariana. O mar de lama que saiu do local desembocou em rios e já afeta outras cidades mineiras e até do Espírito Santo. Nesta quarta-feira (11), quando onda de lama já chegava a Colatina (ES), o governo federal declarou estado de emergência na região. Nesta quinta-feira (12), o governo do Espírito Santo pediu a ajuda do Exército e do Ministério da Integração para enfrentar os problemas provocados pela onda de lama e rejeitos de mineração que se desloca pelo rio Doce e deve atingir no sábado (14) os municípios de Baixo Guandu, Colatina e Linhares. As três cidades capixabas têm, juntas, cerca de 280 mil habitantes e a maior parte dessa população deve ter o abastecimento de água suspenso por conta da alta concentração de lama no rio Doce. 

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