sábado, 28 de novembro de 2015

Petista Delcidio Amaral gasta seu tempo na cadeia lendo sobre o terrorismo do Estado Islâmico e comendo Big Mac


Preso há três dias, o senador Delcídio do Amaral (PT-MS) pediu, nesta sexta-feira (27), que levassem a ele um Big Mac com Coca-Cola Zero. Pela manhã, ele ganhou um bolo caseiro e uma garrafa térmica de café com leite. O senador tem rejeitado a comida oferecida pela Polícia Federal por restrições alimentares. Ele toma remédios controlados para diabetes e para a digestão. Interessado por história, o petista está lendo o livro "A origem do Estado Islâmico", de Patrick Cockburn, que mostra a conjuntura em que surgiu o grupo terrorista e, segundo pessoas próximas a ele, não quis ler jornais. O senador também recebeu uma Bíblia nesta sexta-feira de sua mulher, Maika Amaral, que o visitou pela manhã. Por ter foro privilegiado, o senador está preso em uma sala administrativa adaptada às pressas para recebê-lo na sede da Superintendência da Polícia Federal do Distrito Federal, em Brasília. A sala é vigiada por dois policiais federais e conta com banheiro e uma cama de solteiro. A opção de colocar um político preso em sala está prevista em lei, segundo a Polícia Federal, e não é inédita, tendo sido adotada no caso do ex-governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (ex-DEM), detido em 2010 por ordem do Superior Tribunal de Justiça também por suspeitas de obstrução à Justiça. O senador só pode ter contato com seus advogados e há restrições para receber visitas. Segundo pessoas próximas, familiares e alguns amigos do Mato Grosso do Sul tem tentado se encontrar com o petista mas nenhum senador ou outro político demonstrou interesse em visitá-lo. A assessoria informou que Delcídio está "abatido, porém sereno e concentrado, junto aos advogados na formulação da sua defesa com o firme propósito de provar, o quanto antes, a sua inocência". Em seu depoimento, Delcídio afirmou que o vice-presidente Michel Temer tem "relação próxima" com Jorge Zelada, ex-diretor da Área Internacional da Petrobras que é acusado de receber propina que e teria chegado ao cargo com apoio do PMDB de Minas Gerais. 

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