terça-feira, 17 de novembro de 2015

Polícia faz busca e apreensão no Banco Central argentino

Por ordem judicial, a polícia fez nesta terça-feira (17) uma operação de busca e apreensão na sede do Banco Central da Argentina, que fica no centro da capital, Buenos Aires. A operação foi ordenada pelo juiz federal Claudio Bonadio, em razão de um processo que investiga suposta má administração de recursos públicos pelo presidente do BC, Alejandro Vanoli – Bonadio é o mesmo juiz que, em julho deste ano, foi removido da investigação de acusações de lavagem de dinheiro envolvendo a família Kirchner. A suspeita é que Vanoli tenha ordenado operações de venda de dólares no mercado futuro de câmbio a preços excessivamente abaixo dos de mercado, com o objetivo de baixar a cotação da moeda.
 

A denúncia foi feita por dois deputados de oposição ao governo Cristina Kirchner, Federico Pinedo e Mario Negri, com assessoramento técnico do ex-presidente do Banco Central, Alfonso Prat-Gay. Prat-Gay é um dos nomes mais cotados para assumir o Ministério da Economia caso o opositor Mauricio Macri vença o governista Daniel Scioli no segundo turno presidencial, marcado para este domingo (22). O ex-presidente do Banco Central alega que, com a operação ordenada por Vanoli, o próximo ocupante da Casa Rosada – seja Macri, seja Scioli – terá de arcar com o pagamento de US$ 12 bilhões desses contratos. O atual presidente do Banco Central argumenta que os preços dos contratos futuros estão de acordo com as taxas de juros de referência e as expectativas de desvalorização do peso em relação ao dólar. Em nota, o Banco Central afirmou que suas intervenções no mercado futuro de câmbio são "absolutamente transparentes" e negou prejuízo aos cofres públicos.

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