quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Polícia Federal diz que corrupção custou R$ 42,8 milhões à Petrobras

Pouco mais de 1 ano e meio depois da Operação Lava Jato trazer à tona o escândalo do Petrolão do PT, a Polícia Federal estima que o propinoduto que sangrou os cofres da estatal tenha movimentado impressionantes 42,8 bilhões de reais, segundo laudos de peritos da corporação. Em março do ano passado, a Polícia Federal estimava o custo da corrupção na Petrobras em 6 bilhões de reais. O valor atualizado leva em conta o rastreamento de boa parte do dinheiro movimentado por empresas offshore e pelos valores que os delatores frequentemente afirmam que a propina representava nos contratos da estatal - entre 1% e 3% -, além do porcentual de contratos da Petrobras que a Polícia Federal acredita terem sido alvos de corrupção: 20%. Completam o quadro os inúmeros aditivos celebrados com as empresas em obras espalhadas pelo país - aditivos que, a exemplo dos contratos principais, eram permeados de dinheiro sujo negociado pelo clube do bilhão das empreiteiras. A despeito de não ter conseguido rastrear ainda todos os pagamentos feitos por empreiteiras a ex-diretores da Petrobras, como Paulo Roberto Costa, Nestor Cerveró e Renato Duque, a Polícia Federal chegou à conclusão que, entre as companhias do clube do bilhão, o Grupo Odebrecht foi o que, potencialmente, realizou mais pagamentos indevidos: 7,11 bilhões de reais. Em segundo lugar, a gigante Techint, com 4,36 bilhões de reais. Queiroz Galvão (4,09 bilhões de reais), Camargo Correa (3,95 bilhões de reais), Engevix (2,92 bilhões de reais) e UTC (2,22 bilhões de reais) completam a lista dos principais grupos econômicos que fizeram pagamentos indevidos a partir de contratos fraudados na Petrobras. A Polícia Federal contabilizou ainda as estimativas de repasse de propina feito pelas empresas Galvão Engenharia, Andrade Gutierrez, Alusa, OAS, Iesa, Skanska, Setal, MPE, Mendes Junior, GDK Engenharia, Schahin, Promon, Jaraguá, Construcap, Egesa, Tomé, Fidens Engenharia, Carioca, TKK, Delta, Toshiba e por terceiros. Os dados foram obtidos a partir de demonstrações financeiras da Petrobras até dezembro do ano passado.

Um comentário:

Unknown disse...

CARO VITOR VIEIRA, AS MÍDIAS DE TANTO BATER NA TECLA DOS 3% DE COMISSÃO NOS CONTRATOS, FEZ O POVO ESQUECER AONDE FOI A MÃO GRANDE, "OVER PRICE", DA MESMA MANEIRA QUE COMPRARAM UMA USINA DE 40 MILHÕES POR 1 BILHÃO, ESTA CLARO QUE O FIZERAM EM TODAS LICITAÇÕES E COMPRAS.
UM FORTE ABRAÇO
JOSÉ MANUEL AZAVEY