terça-feira, 24 de novembro de 2015

Polícia Federal prende Bumlai, o amigão de Lula. Está chegando perto…

A Polícia Federal prendeu nesta terça-feira (24), em um hotel de Brasília, o pecuarista José Carlos Bumlai, na 21ª fase da operação Lava Jato. A prisão é preventiva, que não tem data para vencer. Ele foi levado de avião para a Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba. Bumlai deporia nesta terça-feira na CPI do BNDES, que investiga operações envolvendo o banco, por isso viajou a Brasília. A Polícia Federal cumpre, desde a madrugada desta terça-feira (24), a 21ª fase da Lava Jato, batizada de Operação Passe Livre. Ao todo, foram expedidos 25 mandados judiciais, sendo um de prisão preventiva, além de 25 mandados de busca e apreensão e seis de condução coercitiva, quando a pessoa é obrigada a prestar depoimento. A ação é realizada em São Paulo, Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal. Pecuarista do Mato Grosso do Sul e empresário do setor sucroalcooleiro, Bumlai tinha acesso franqueado ao gabinete de Lula durante os oito anos em que o petista comandou o Palácio do Planalto. Os dois se conheceram em 2002, apresentados pelo ex-governador sul-matogrossense Zeca do PT, e estreitaram a relação nos anos seguintes. Um dos delatores da Operação Lava Jato, o lobista Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano, afirmou em depoimento ao Ministério Público Federal que repassou R$ 2 milhões a Bumlai referente a uma comissão a que o pecuarista teria direito por supostamente pedir a intermediação de Lula em uma negociação para um contrato. Os R$ 2 milhões, ressaltou o delator, seriam repassados a uma das noras de Lula para quitar uma dívida imobiliária. No dia 25 de outubro, em entrevista ao jornal “O Estado de S.Paulo”, Bumlai negou que tenha repassado R$ 2 milhões para uma nora do ex-presidente. Ele disse ainda que não é tão próximo de Lula como é noticiado. O pecuarista, no entanto, confirmou que levou um empresário do setor de petróleo para uma audiência com o ex-presidente em 2011 a pedido de Fernando Baiano, As investigações concentradas na atual fase da Lava Jato partem da apuração das circunstâncias de contratação de navio sonda pela Petrobras com indícios concretos de fraude no procedimento licitatório, segundo a Polícia Federal. A 20ª fase da Operação Lava Jato cumpriu 18 mandados judiciais e prendeu o ex-gerente executivo da Petrobras Roberto Gonçalves e Nelson Martins Ribeiro, apontado como operador financeiro. O objetivo desta etapa, conforme o Ministério Público Federal e a Polícia Federal foi buscar provas documentais sobre crimes cometidos dentro da petrolífera. Os dois presos são suspeitos de participação no esquema criminoso de fraude, corrupção e desvio de dinheiro. Eles são investigados por receber valores indevidos de representantes de empresas com contratos relacionados às refinarias Abreu e Lima, em Pernambuco, e Pasadena, nos Estados Unidos, segundo a Polícia Federal. Ambos tiveram um mandado de prisão temporária expedido. Após o término do prazo, no dia 20 de novembro, a Justiça pediu a prorrogação do prazo por mais cinco dias. Pediu a conversão da prisão para preventiva. Com isso, os dois permanecem detidos à disposição da Justiça.

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