segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Procurador atribui "parada técnica" da Lava Jato a fatiamento pelo STF


O fatiamento da Lava Jato pelo Supremo Tribunal Federal causou uma "uma parada técnica" da operação. A afirmação foi feita na manhã desta segunda-feira (16) pelo procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, que falou sobre a 20ª fase da Lava Jato, deflagrada hoje. A nova ação da Polícia Federal – apelidada de Operação Corrosão – ocorreu após 56 dias sem prisões. Nesta segunda-feira, ao menos duas pessoas foram presas – uma delas, Nelson Martins Ribeiro, foi apontada como novo operador do esquema. A Polícia Federal cumpriu ainda 11 mandados de busca e apreensão. Lima garante, porém, que apesar da "parada técnica", a operação "continua vigorosa". O delegado Igor Romário de Paula disse que, se não fosse a decisão do STF (que transferiu a outras instâncias as investigações sobre desvios em outras estatais e ministérios), a Lava Jato já estaria "em sua 23ª ou 24ª fase". Para eles, o fatiamento exigiu um "redimensionamento" da investigação, que deixou de ser horizontal (atuando em outros órgãos públicos) para ser vertical – ou seja, aprofundando o descobrimento do esquema na Petrobras. Limitada às investigações na Petrobras, a força-tarefa promete se aprofundar no esquema até descobrir o "núcleo político" que comandava os desvios. "Nós podemos nos aprofundar tanto que os reais responsáveis pela corrupção geral serão revelados, mesmo que nosso campo de atuação se limite à Petrobras", declarou o procurador, um dos coordenadores das investigações. "No final das contas, vamos chegar ao núcleo político", promete Lima. 

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