sábado, 28 de novembro de 2015

PT estuda debater expulsão de Delcídio por teleconferência

Para não amplificar as brigas internas, nem expor suas vísceras, a cúpula do PT avalia a possibilidade de debater a saída do líder do Governo no Senado, Delcídio do Amaral (PT-MS), numa teleconferência. A medida evitaria um confronto direto dos dirigentes do partido, mas, caso a proposta vingue, o argumento oficial será o da economicidade e logística. A próxima reunião da executiva nacional do PT está programada só para o dia 17 de dezembro. O presidente do partido, Rui Falcão, não quer que a situação se arraste até lá, e tenta articular uma reunião presencial para a próxima sexta (4). Integrantes da CNB – corrente liderada pelo ex-presidente Lula já manifestaram para outros dirigentes a disposição de votar pela expulsão de Delcídio. A corrente, porém, não se reuniu ainda para formalizar sua decisão. A CNB tem 11 das 21 vagas da executiva do PT. A Mensagem conta com quatro vagas e a Novo Rumo, com duas. O afastamento do partido enfrenta resistência do líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), que tem direito a voz na Executiva. Falcão tem telefonado para os integrantes da Executiva para evitar conflitos internos durante a discussão. Nesta sexta-feira, Falcão ligou para o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), para desfazer mal-estar provocado pela divulgação de uma nota contra o senador Delcídio do Amaral (PT-MS). Na quarta-feira (25), Falcão divulgou uma nota segundo a qual o PT se sentia desobrigado a apoiar Delcídio, preso horas antes sob a acusação de atrapalhar a Operação Lava-Jato. A nota foi divulgada sem o conhecimento das bancadas do Senado e da Câmara, provocando reação da bancada petista. Costa chegou disse a dirigentes petistas que, desde então, é alvo de ataques nas redes sociais.

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