quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Standard & Poors diz que greve da peonada petista da Petrobras pode determinar rebaixamento da nota de risco da estatal


A agência de classificação de risco Standard & Poors afirmou nesta quarta-feira (4) que o prologamento da greve da peonada petista petroleira pode impactar a nota de crédito da Petrobras, que foi rebaixada em setembro deste ano para grau especulativo. No momento, diz a agência, não há impacto na avaliação da estatal. "A duração da greve e seu impacto na curva de produção ainda são incertos", afirmou, em nota distribuída ao mercado. O texto ressalva, porém, que "caso se prolongue, a greve deverá avolumar os desafios da empresa para aumentar sua produção, materializar seu plano de desinvestimentos e desalavancar seu balanço, podendo impactar na nossa avaliação de perfil de crédito". Em comunicado distribuído na terça-feira (3), a Petrobras admitiu que a paralisação em plataformas vem provocando prejuízos à produção. Segundo o texto, deixaram de ser produzidos na segunda-feira (2) 273 mil barris de petróleo e 7,3 milhões de metros cúbicos de gás natural - o equivalente a 13% e 14% da produção nacional, respectivamente. O prejuízo, por enquanto é pequeno, e não tem afetado o desempenho das ações da companhia, comenta o analista Flávio Conde, do site Whatscall. "Agora, se a greve durar mais de duas semanas, afetando diariamente a produção, os investidores poderiam precificar os efeitos negativos", diz ele. Nesta quarta-feira chegou a 47 o número de plataformas da Bacia de Campos com trabalhadores em greve, segundo balanço do petista Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro-NF). A avaliação na companhia é que o confronto é de difícil solução, uma vez que a pauta de reivindicações é contra as medidas adotadas nos últimos meses para enfrentar a crise. Em sua "Pauta pelo Brasil", a petista Federação Única dos Petroleiros (FUP) pede a readmissão de empregados que aderiram ao último plano de desligamento voluntário, a suspensão da venda de ativos e a retomada dos investimentos aos níveis de 2008 a 2013, antes da crise. A FUP concentra 13 sindicatos de trabalhadores da estatal e se recusa a discutir reajuste salarial. A Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) apoia a pauta política, mas já indicou que quer um reajuste de 18% - a Petrobras ofereceu 8,11%. O peonada petista da Petrobras quer terminar o trabalho de liquidação da estatal iniciado pela organização criminosa PT.

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