quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Belo Horizonte decreta situação de emergência devido ao Aedes Aegypti

A Prefeitura de Belo Horizonte decretou situação de emergência devido à infestação pelo mosquito Aedes Aegypti, que transmite a dengue, a chikungunya e o vírus zika, nesta quarta-feira (23). O decreto, assinado pelo prefeito Marcio Lacerda (PSB), cita o aumento do número de casos de microcefalia relacionados ao vírus zika no País e o período do ano (verão) favorável à proliferação do mosquito transmissor. A prefeitura anunciou também a criação de um grupo executivo para intensificação do combate ao Aedes Aegypti (Geicaedes) e a convocação da Defesa Civil e de agentes de saúde e sanitários para atuarem sob a coordenação do grupo na guerra ao mosquito. Além de Belo Horizonte, outras capitais decretaram emergência nos últimos meses, como Vitória (ES), Aracaju (SE) e Recife (PE). Estados como Pernambuco, Rio Grande do Norte e Sergipe também apelaram à medida, que permite dispensa de licitação para compra de material de combate às doenças e remanejamento de funcionários de outras pastas para a área da saúde. O Brasil já soma 2.782 casos de recém-nascidos com suspeita de microcefalia, uma má-formação cerebral que pode trazer limitações graves ao desenvolvimento da criança. O número representa avanço de 28,5% em relação à semana passada, quando foram registrados 2.165 casos suspeitos. Os dados abrangem 618 municípios de 19 Estados e do Distrito Federal, segundo boletim atualizado do Ministério da Saúde divulgado nesta terça (22). Na última semana, o boletim apontava 134 casos confirmados de microcefalia e outros 2.165 casos em investigação. Houve ainda registro de 102 casos, mas que foram descartados após exames. Ao todo, as notificações ocorreram em 549 municípios. Em todo o País, o número de casos suspeitos já é quase 19 vezes maior que no ano passado, quando houve 147 recém-nascidos com microcefalia. O Ministério da Saúde considera que o aumento de casos está relacionado à circulação do vírus zika, transmitido pelo mosquito Aedes aegypti. As mortes de bebês com suspeita de microcefalia também cresceu e já chegam a 40 casos, ante 29 na semana anterior.

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