quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

Em novo tiroteio, Renan diz que Temer "repete o pior do PT"


Dando continuidade à troca de farpas, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), voltou a criticar o vice-presidente Michel Temer nesta quinta-feira. Os dois entraram em rota de colisão depois de a cúpula do PMDB, comandada por Temer, aprovar uma medida que restringiria novas filiações com o objetivo de salvar o mandato da presidente Dilma Rousseff durante análise da comissão especial na Câmara. Nesta tarde, Calheiros disse que o vice-presidente rebaixou o PMDB "a um mero distribuidor de cargos". "As minhas diferenças com o Michel não são pessoais, mas ele rebaixou o partido a um distribuidor de cargos. Michel inverteu os sinais, repetiu o PT naquilo que tem de pior", disse o presidente do Senado, criticando, por tabela, a legenda da presidente Dilma Rousseff, por quem tem atuado para barrar o processo de impeachment. A discussão pública entre os peemedebistas começou ontem, quando Renan classificou como um "horror" e um "retrocesso democrático" a resolução aprovada pela manhã e afirmou ainda que o ex-presidente da Câmara Ulysses Guimarães (PMDB) estaria tremendo na cova pela decisão de submeter novas filiações à cúpula do partido. Temer rebateu dizendo que a decisão foi legítima, obtida durante votação e acrescentou que o PMDB "não tem dono nem coronéis". Calheiros comemorou a retomada de Picciani ao posto de líder do PMDB na Câmara e voltou a cutucar o presidente de seu partido: "Eu acho que a volta do Picciani demonstra sobretudo o que o presidente Michel disse ontem. A tentativa de setores de ser coronéis do PMDB fracassou", afirmou o presidente do Senado. E continuou: "Eu só sei que o papel do presidente do PMDB é ser ponto de encontro, trabalhar permanentemente para unir em torno dele e da Executiva as variadas correntes do partido. Eu não posso entender o motivo de um presidente de um partido objetivar claramente a divisão do partido", disse Renan Calheiros. Temer não se pronunciou - ao menos por ora - sobre as novas declarações de seu correligionário.

Nenhum comentário: