domingo, 27 de dezembro de 2015

Governo gaúcho quer extinguir o "tetão" Cesa, que só acumula prejuízos

O governo do Rio Grande do Sul, de José Ivo Sartori (PMDB), enviou um conjunto de projetos em convocação extraordinária, entre os quais o que pretende extinguir a estatal Cesa (Companhia Estadual de Silos e Armazéns), um "tetão" público que só serve para acumular prejuízos em sequência e que não tem possibilidade de recuperação. Inacreditavelmente, os gaúchos permitiram que seus representantes, os deputados estaduais, aprovassem uma bárbara emenda constitucional que proíbe a extinção de mamutes como a Cesa, exigindo para isso a autorização por meio de plebiscito, o que é uma boçalidade típica e característica na União apenas do Rio Grande do Sul. A PEC 243/2015 (CESA) permitirá ao governo analisar o futuro da Cesa, podendo adotar medidas como alienação, transferência do controle acionário, cisão, incorporação, fusão ou extinção sem necessidade de plebiscito. Atualmente, o artigo 22 da Constituição Estadual (§ 4.º) tem a seguinte redação: “A alienação, transferência do controle acionário, cisão, incorporação, fusão ou extinção da Companhia Estadual de Energia Elétrica – CEEE, Companhia Rio-grandense de Mineração – CRM, Companhia de Gás do Estado do Rio Grande do Sul – SULGÁS e Companhia Estadual de Silos e Armazéns – CESA, somente poderão ser realizadas após manifestação favorável da população expressa em consulta plebiscitária". A Companhia tem 19 filiais ativas, com situação que deve ser estudada caso a caso. Em 2014, teve resultado negativo de R$ 25 milhões. No ano anterior, o resultado também foi negativo em R$ 62 milhões. Acumula elevadas dívidas trabalhistas. O seu passivo é impagável e insustentável. 

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