quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Micher Temer diz a deputados que está sendo convocado para defender o impeachment


Em reunião com o governador gaúcho José Ivo Sartori (PMDB), o vice-presidente Michel Temer afirmou nesta quinta-feira (10) que não fará nenhum movimento em direção ao impeachment, apesar de ser procurado por líderes políticos que pregam que ele passe a adotar uma linha contrária à presidente Dilma Rousseff. Além de Sartori, participaram da reunião, feita a portas fechadas no Palácio Piratini, em Porto Alegre, deputados peemedebistas e integrantes do governo gaúcho. Quatro deputados contaram que Temer afirmou que não vai dar nenhum incentivo ao processo nem autoriza nenhum movimento em seu nome. Também falou que vai cumprir rigorosamente o que diz a Constituição, o que significa, disse, assumir a Presidência caso os congressistas votem pelo afastamento da petista. Temer afirmou que sabe de suas "responsabilidades" e não detalhou por quem foi procurado. No último sábado (5), a presidente Dilma disse que esperava "integral confiança" do vice, que não se manifestou publicamente sobre a abertura do processo de impeachment na Câmara, há uma semana. Na segunda-feira (7), o vice encaminhou à petista uma carta afirmando que não seria preciso "alardear publicamente a necessidade" de lealdade. "Tenho-a revelado ao longo destes cinco anos", escreveu. Aos deputados e a Sartori, Temer voltou a afirmar que a carta era pessoal e que não queria que ela fosse divulgada. O ex-ministro gaúcho Eliseu Padilha, tido como principal articulador de Temer, também participou da reunião. Após o encontro, o vice-presidente fez uma breve declaração pública com o governador, afirmando apenas que ouviu as "preocupações" de Sartori e que as levará para Brasília.

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