segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

No fim da linha, governo ainda acha que pode dar murro na mesa

Por Reinaldo Azevedo - Ai, que preguiça! A presidente Dilma Rousseff vai começar amanhã uma série de encontros com partidos da base aliada para ouvir os descontentamentos dos parlamentares. A ideia do Planalto é descobrir “o que está faltando” para as siglas e, ao mesmo tempo, detectar quem são os infiéis que estão votando contra o governo no Legislativo. A coluna Painel, da Folha, revelou no fim de semana que a equipe de Dilma Rousseff não vai mais tolerar que aliados com cargos no governo adotem posição dúbia ou defendam o afastamento de Dilma. É mesmo, é? Ou, então, o quê? Um dos ministros mais influentes, Jaques Wagner, da Casa Civil, era um dos mais revoltados e teria dito que é “um absurdo que alguém com cargo no governo seja a favor do impeachment”. Jaques Wagner, o homem revoltado, é aquele que pediu o impeachment de Itamar quando era deputado. A mudança de postura do Planalto ocorre depois de derrotas importantes no Legislativo. Na última semana, o governo sofreu um baque forte com a deposição do líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani (RJ), e com a vitória da chapa favorável ao impeachment para a comissão especial que vai analisar o tema.

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