Um dia após manifestar apoio à presidente Dilma Rousseff em relação ao processo de impeachment, o governador Luiz Fernando Pezão (PMDB/RJ) foi ao Ministério da Fazenda pedir ajuda para destravar empréstimos e renegociar a dívida do Estado junto ao Tesouro Nacional. "Falei com ela (Dilma) ontem, ela pediu para eu vir aqui", afirmou o governador nesta quarta-feira (9) após reunião com o ministro Joaquim Levy (Fazenda): "Ele ficou de, nesses próximos dez dias, dar alguma sinalização sobre o metrô e a questão da dívida". Na terça-feira (8), 16 governadores com posição contrária ao afastamento da presidente saíram em defesa pública da petista e divulgaram o texto "Carta pela Legalidade". Entre eles, Pezão. Entre os pedidos feitos à Fazenda está a questão dos recursos para a obra do metrô e a possibilidade de alongamento da dívida com o Tesouro. O Rio de Janeiro também pediu ajuda conseguir recursos com taxas de juros mais baixas em uma operação junto ao Banco do Brasil. "A gente está com dificuldade de manter os pagamentos em dia, e queremos ver o que se pode fazer para 2016, uma proposta para que a gente possa renegociar, jogar para a frente", afirmou. Em relação à questão do impeachment, Pezão afirmou que a destituição do deputado federal Leonardo Picciani (RJ), aliado da presidente Dilma Rousseff, do posto líder do PMDB na Câmara, foi um desrespeito com a maior bancada estadual do partido na Casa. O governador disse ainda que, ao agir dessa forma, a bancada do partido não mostra respeitou à decisão das urnas. "Foi um gesto de desconsideração em relação a tudo o que o Rio de Janeiro representa para o PMDB nacional. E quando ele está fazendo um trabalho de votar numa chapa (apoiada por um governo) em que o vice-presidente é do PMDB", disse.
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