quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Dilma pode defender o lobista da MPs?

Ao arrolar Dilma Rousseff como sua testemunha, o advogado e lobista Eduardo Valadão seguiu conselho de Erenice Guerra ou de Alexandre Paes dos Santos? A Zelotes já descobriu que Valadão agia em parceria com APS e até pagou despesas de Erenice, que foi sócia de José Ricardo da Silva, ex-conselheiro do Carf que tinha também sociedade com Valadão. Era, portanto, o mesmo grupo agindo com um mesmo objetivo. Mas o que Dilma pode dizer sobre Valadão? Ela pode defendê-lo? Eduardo Valadão indicou inicialmente 63 testemunhas, mas o juiz Vallisney Oliveira determinou que a lista fosse limitada a 11. Dilma foi selecionada pelo réu juntamente com os petistas Aloizio Mercadante, Walter Pinheiro e José Guimarães. Também integram o rol de testemunhas com foro privilegiado o tucano Tasso Jereissati e os democratas José Agripino Maia e José Carlos Aleluia. A Operação Zelotes já descobriu que Eduardo Valadão, que arrolou Dilma como sua testemunha, tinha a função de intermediar pagamentos a parlamentares. Para a PF, isso ficou demonstrado numa troca de e-mails em que Valadão e o ex-conselheiro do Carf José Ricardo da Silva discutem sobre como "aplacar a sanha de cobrança dos políticos" envolvidos na aprovação da Medida Provisória 471. "Não consegui falar com os parlamentares. Quando eu voltar, diga a eles que faremos toda a prestação de contas com os devidos acertos com diferenças a serem repassadas. Sobre os pagamentos, não é conveniente que os acertos sejam feitos sempre de imediato, já que as receitas e as retiradas devem obedecer um fluxo normal, pertinente com as atividades do escritório. Caso contrário, as prestações de serviços serão de difícil justificativa", explicou José Ricardo ao sócio. A PF pode perguntar a Dilma se a sanha foi aplacada.



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