quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Ex-ministra de Dilma admite ter feito, outra vez, tráfico de influência


Erenice Guerra, ex-ministra-chefe da Casa Civil do primeiro governo Dilma, do qual foi demitida após denúncias de tráfico de influência para beneficiar seu filho, admitiu à Polícia Federal ter firmado parceria com o então conselheiro do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), José Ricardo da Silva, para resolver uma “grande dívida tributária” da empresa chinesa Huawei. O depoimento, que aconteceu no âmbito da Operação Zelotes, foi prestado em dezembro, mas tornado público somente nesta terça-feira. Ela disse que não via impedimento no fato de José Ricardo advogar contra o órgão para o qual trabalhava. Erenice contou ter levado o lobista Alexandre Paes dos Santos (que está preso) para um encontro com Fernando Bertin, do grupo Bertin. Ela também disse não se recordar se a procuração para atuar com José Ricardo foi protocolada no Carf e quem custeou a passagem para encontrar Bertin. Erenice negou irregularidades, mas admitiu ter recebido pedido de seu irmão para que indicasse José Ricardo para o conselho do Carf. Sustentou não ter influência no Ministério da Fazenda, mas, confrontada com e-mail no qual fez uma indicação para outro conselho da pasta, afirmou não se lembrar. Isso é um tótem do PT: não se lembrar nunca de nada. E o sacerdote supremo dessa religião, o autor do dogma, foi o falecido petista Marcio Thomaz Bastos, o rei das teses de defesa dos petistas. 

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