quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

Fundo de pensão da Petrobras veta recuperação judicial da Sete Brasil



Defendida pela maior parte dos acionistas da Sete Brasil, a proposta de levar a empresa de sondas à recuperação judicial foi vetada pelo fundo de pensão Petros (da Petrobras) em reunião dos sócios ocorrida nesta terça-feira (19). Eles decidiram que uma nova reunião para discutir o assunto será realizada dentro de 30 dias. A companhia está praticamente quebrada, deve cerca de R$ 14 bilhões a bancos e apostava na recuperação judicial para forçar a Petrobras a assinar os contratos de aluguel das sondas que seriam fornecidas pela Sete. Para ser aprovada, a proposta precisava do voto de 85% dos cotistas do FIP Sondas, fundo de investimento formado bancos e fundos de pensão, que controla a Sete. Com 18% das cotas, a Petros foi a primeira a se manifestar e votou contra. O banco Santander também foi contra. Outros dois acionistas, a Petrobras e o FI- FGTS (fundo de investimento administrado pela Caixa Econômica Federal) se abstiveram de votar declarando conflito de interesse. Criada para gerir um portfólio de 29 sondas de perfuração de poços de petróleo, a Sete sofre os efeitos da Operação Lava Jato e da queda do preço do petróleo, que agravaram a crise da Petrobras. Na semana passada, os bancos credores da Sete Brasil decidiram dar mais prazo para a companhia pagar sua dívida de R$ 14 bilhões que venceu no final de 2015. Essas instituições concordaram em esticar de novo o prazo na expectativa de que a Sete pudesse aprovar um pedido de recuperação judicial. Os bancos acreditavam que a Petrobras apresentaria alguma proposta à Sete. Os credores apostavam que a estatal aceitaria alugar sondas da Sete, mas um número menor de equipamentos - em vez de 14, seriam 6. Com menos sondas seria possível quitar as dívidas e recuperar parte do capital investido.

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