quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

Governador Sartori manda voltar todos os brigadianos que estão cedidos


Cobrado por fazer ouvidos de mercador às reclamações recorrentes e diárias sobre a inação do governo na área da segurança pública, o governador José Ivo Sartori resolveu sair da poltrona e anunciar ele mesmo algumas ações na área. Sartori avisou que editará tantos atos quantos forem necessários para que retornem todos os brigadianos e policiais cedidos para outros órgãos públicos, inclusive Tribunal de Justiça, Ministério Público Estadual, Tribunal de Conas e Assembléia Legislativa. Ele quer todos os brigadianos e policiais na rua. "Temos que proteger a população atacada todos os dias", avisou o governador. No total, 420 brigadianos e policiais servem ao Tribunal de Justiça, Tribunal de Contas do Estado, Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul, prefeituras e até a governos de outros Estados. E a população gaúcha continua desprotegida, sendo morta como gado no matadouro. No Estado, 131 policiais e brigadianos trabalham em secretarias do governo, 109 na Casa Militar, 48 estão no Ministério Público, fazendo investigações, 23 na Assembleia Legislativa e 22 no Tribunal de Justiça. A lista ainda revela que existem policiais cedidos para 12 prefeituras, Comando Militar do Sul, Câmara de Porto Alegre, Incra e até para os Estados de Rondônia e Espírito Santo. Quando é cedido, um policial recebe uma gratificação, que pode até dobrar o salário.Um tenente-coronel que está há mais de 20 anos no Tribunal de Contas do Rio Grande do Sul recebe R$ 16.237,82 pela corte de contas e R$ 17.525.18 pela Brigada Militar, um total de R$ 33.763, o máximo que um servidor público pode receber, por lei. O valor é equivalente ao salário de um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).










O diretor-geral do TCE, Valtuir Pereira Nunes, justifica a necessidade do agente no local. “O tribunal necessita da atuação desses profissionais da segurança porque é um órgão institucional, a exemplo do Poder Judiciário, da Defensoria Pública, do parlamento e do próprio Executivo. Então é uma atividade necessária junto ao Tribunal de Contas.”

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