sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

Joaquim Levy será diretor financeiro do Banco Mundial


O ex-ministro da Fazenda Joaquim Levy será nomeado diretor financeiro do Banco Mundial. O anúncio oficial deve ser feito na próxima segunda-feira (11), mas não há data definida para Levy assumir o posto. Trata-se do principal cargo financeiro da instituição, sediada em Washington. O Banco Mundial é um tradicional apoiador de programas petistas, como o Orçamento Participativo. Muitos petistas exercem influentes cargos de assessoria no Banco Mundial. A nomeação de Levy foi antecipada durante um debate aberto realizado na capital norte-americana nesta sexta-feira (8) pelo representante do Brasil no FMI (Fundo Monetário Internacional), Otaviano Canuto. Levy substituirá o francês Bertrand Badré, que exercia a função desde 2013. Entre as atribuições do cargo, conforme detalhadas no site do Banco Mundial, Levy será responsável pelas "estratégias de gerência financeira e de risco" do organismo, incluindo "o desenvolvimento de novos e inovadores produtos financeiros". A nomeação não viola a quarentena de seis meses que servidores públicos devem cumprir após deixar cargos de confiança, já que Levy não irá para o setor privado e continuará sendo funcionário do governo. Desde que deixou a chefia do ministério da Fazenda, em 18 de dezembro, circularam vários rumores sobre os próximos passos de Levy, mas esperava-se que ele passasse ao menos os primeiros meses em Washington, onde vivem a mulher e as duas filhas. Uma das opções era a de que Levy passasse o período de quarentena como pesquisador no Instituto de Economia Peterson antes de voltar ao mercado financeiro. Mas ela acabou sendo descartada em favor do novo cargo. Na hierarquia do Banco Mundial, Levy estará abaixo apenas do presidente da instituição, Jim Yong Kim. Isso tudo só demonstra a visceral ligação do sistema financeiro com o regime petralha. 

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