quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

Mau tempo e erros dos pilotos levaram à queda do avião de Eduardo Campos



Um ano e cinco meses depois do acidente, a Aeronáutica divulgou nesta terça-feira, em Brasília, o relatório final com os fatores que contribuíram para a queda do avião Cessna Citation 560 XLS+, de prefixo PR-AFA, a bordo do qual viajavam o ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), então candidato à Presidência da República, e mais seis pessoas. Entre as causas que levaram à queda do jatinho estão o cansaço dos pilotos, a falta de habilitação específica para o modelo tripulado e a desobediência da carta aeronáutica de aproximação por instrumentos para aterrissagem no Aeródromo de Guarujá (SP). A Aeronáutica descartou colisão com aves, drones e outras aeronaves e concluiu que os motores estavam em funcionamento no momento do impacto com o solo. "Em algum momento a tripulação perdeu o controle da aeronave enquanto voava por instrumentos", explicou o tenente coronel aviador Raul de Souza, responsável pela investigação. O tempo estava ruim na manhã de 13 de agosto de 2014, e os pilotos encurtaram o trajeto e pularam etapas e manobras durante a descida, conforme apuração do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa). Sem conseguir aterrissar, os pilotos arremeteram e logo perderam contato com o operador de rádio da Base Aérea de Santos. A aeronave caiu, por provável desorientação espacial, no bairro do Boqueirão. O acidente ocorreu durante a campanha eleitoral, enquanto Campos voava do Rio de Janeiro para Santos, no litoral paulista. Além de Campos, morreram no acidente quatro assessores dele - Carlos Percol, Marcelo Lyra, Alexandre Severo e Pedro Valadares Neto - e os dois pilotos, Geraldo Magela Barbosa da Cunha e Marcos Martins. Doze familiares das vítimas também receberam explicações da Força Aérea Brasileira nesta terça-feira - estavam ausentes apenas parentes do copiloto Geraldo Magela e do assessor especial Pedro Valadares Neto.

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