sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

Petrobras aprova fim da diretoria de gás e corte de cargos gerenciais



O conselho de administração da Petrobras aprovou nesta quarta-feira (27) a proposta de reestruturação organizacional da companhia, que extingue a diretoria de gás e energia e elimina 30% dos cargos gerenciais. O objetivo da mudança, que vinha sendo discutida desde meados do ano passado, é cortar custos e adequar a estrutura à nova realidade da empresa, que vem passando por um processo de venda de ativos e corte de investimentos para enfrentar a crise financeira. A diretoria de gás e energia, hoje comandada por Hugo Repsold, é uma das principais afetadas pelo plano de enxugamento da estatal. A companhia negocia a venda de usinas térmicas, plantas de fertilizantes e ativos de transporte do combustível. Os negócios remanescentes do segmento ficarão sob a diretoria de abastecimento, que cuida da área de refino, hoje comandada por Jorge Celestino. Além das refinarias, esta área abrange as subsidiárias BR Distribuidora e Transpetro, empresa responsável pelo transporte de petróleo e derivados. Com a mudança, a Petrobras passa a ter seis diretorias, para as áreas de exploração e produção, abastecimento, financeira, governança, corporativa e de engenharia. Na primeira versão da nova estrutura, o presidente da Petrobras, Aldemir Bendine propôs a transformação das diretoras em vice-presidências, mas a ideia não resistiu à oposição de integrantes do conselho de administração. A Petrobras não divulgou fato relevante ao mercado informando as mudanças, como costuma ocorrer após reuniões do conselho de administração. Foi aprovado ainda o corte de cargos gerenciais, proposta que recebia resistências dos trabalhadores. A proposta elimina os níveis de gerência mais baixos, o que deve representar uma economia de R$ 240 milhões por ano. A estrutura hierárquica da estatal tem quatro níveis de gerências abaixo dos diretores: gerente-executivo, gerente-geral, gerente e gerente setorial. Os dois últimos devem ser extintos. A Petrobras precisava demitir no mínimo uns 30 mil funcionários. A estatal é a maior produtora mundial de marajás. 

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