sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

Presidente do Banco Central disse na reunião do Conselhão que inflação só volta para dentro da meta em 2017



O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, afirmou nesta quinta-feira (28) que o Banco Central permanecerá vigilante quanto à evolução da economia e adotará as medidas necessárias para levar a inflação à meta de 4,5% em 2017. Em sua fala, o presidente do Banco Central disse que vislumbra para este ano um menor dinamismo para a economia global e a manutenção de níveis altos de volatilidade e de incerteza. "Esse quadro se insere em um contexto de relativo esgotamento da capacidade das políticas fiscal e monetária de alavancar o crescimento em um ambiente de alterações demográficas e de pressões geopolíticas", afirmou. O discurso foi feito diante de uma plateia de empresários, sindicalistas e demais integrantes do CDES (Conselho Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), o chamado Conselhão, onde a presidente Dilma apresentou mais uma plano de estímulo à economia, com retomada do crédito e discussão de reformas estruturantes. Segundo Tombini, o processo de mudança dos preços administrados pelo governo, como de combustíveis, se mostrou mais "prolongado e intenso" que o previsto, o que influenciou o atual patamar de inflação, de dois dígitos. O dólar alto também confluiu para a alta da inflação, justificou. Por outro lado, o dólar alto favorece ganhos de competitividade, o que tem provocado alta nas exportações e queda nas importações. "Para isso, é de fundamental importância a atuação do Banco Central no controle da inflação, de modo que esses ganhos não sejam eliminados pelos aumentos dos preços domésticos".

Nenhum comentário: