domingo, 24 de janeiro de 2016

Promotoria proíbe oficial venezuelano de se aproximar de mulher de opositor

O Ministério Público da Venezuela concedeu na sexta-feira (22) medida cautelar de proteção e segurança em favor de Lilian Tintori, mulher do líder opositor Leopoldo López, que é preso político há dois anos sob acusação de instigar violentos protestos antigoverno. A medida visa o coronel José Viloria, oficial da Guarda Nacional Bolivariana (GNB) estacionado na prisão militar de Ramo Verde, nos arredores de Caracas, onde López cumpre pena de quase 14 anos. 

O Ministério Público determinou que o infame Viloria está proibido de se aproximar ou de dirigir a palavra a Tintori em virtude de incidente ocorrido no último domingo (17). Tintori e a mãe de López, Antonieta Mendoza, denunciaram o coronel por ter ordenado que fossem forçadas a se despir e a ter suas partes íntimas revistadas na presença dos dois filhos de López e Tintori, que têm apenas 3 e 6 anos de idade. A seção do Ministério Público dedicada aos direitos da mulher disse que a medida contra Viloria visa proteger a integridade física e moral de Lilian Tintori. "Vivemos uma semana muito difícil como família. No domingo tivemos um dia de terror em Ramo Verde. Violaram nossos direitos e o trato agressivo, intimidante e de assédio contra mim foi considerado crime pela Lei Orgânica sobre os Direitos da Mulher", disse Lilian Tintori. Em defesa do coronel, o segundo homem mais poderoso do chavismo, o ultra infame deputado Diosdado Cabello, disse em seu programa semanal de TV que Lilian Tintori é uma "mentirosa profissional". Cabello divulgou um áudio gravado na cadeia no qual vozes atribuídas a Tintori e López discutem maneiras de organizar uma campanha midiática para comprometer o coronel por supostos repetidos abusos contra os direitos do casal, como visita conjugal. Não foi possível verificar a autenticidade da gravação, mas as vozes e entonações são muito semelhantes às do casal. Cabello disse "não [se] importar" com acusações de que a gravação foi obtida ilegalmente. "O que conta é que defenderei esta revolução até a morte", afirmou. A canalhice desses psicopatas bolivarianos não tem limites. São bandidos, assassinos, torturadores e traficantes. 

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