sábado, 23 de janeiro de 2016

Youssef diz que OAS usava escritório da Arena do Grêmio para lavar dinheiro sujo da Lava Jato e atender "demandas" de Lula


O blog O Antagonista, conta, em três enxutas notas, que o doleiro Alberto Youssef disse ao Ministério Público Federal que a OAS tinha um escritório na Arena do Grêmio, no qual recebia dinheiro vivo da corrupção, um caixa 2. Diz a nota: "Em fevereiro, o doleiro Alberto Youssef revelou à força-tarefa da Lava Jato que a OAS tinha um escritório na Arena do Grêmio, em Porto Alegre, para receber dinheiro de caixa 2 em espécie. O estádio foi construído nos padrões da Fifa para ser um plano B durante a Copa, mas não foi utilizado. A OAS teve uma ajudinha do BNDES na obra. Youssef disse que a empreiteira "lavava" os recursos em contas bancárias no Exterior por meio de João Procópio Prado, um dos operadores do doleiro. Prado depositava o dinheiro em contas de Leonardo Meirelles. Meirelles movimentava o dinheiro em bancos de Hong Kong "a fim de promover o retorno desses valores ao País mediante operações de cabo". Depois de lavado, o doleiro trazia o recurso de volta a pedido da OAS e levava 3% de comissão. O arquiteto Roberto Moreira Ferreira foi um dos diretores da OAS destacado para encomendar as cozinhas do sítio de Atibaia e do triplex do Guarujá. Ocorre que Ferreira é membro do conselho de administração da Arena Porto-Alegrense, a empresa constituída por Grêmio e OAS para construir a Arena do Grêmio. As encomendas na loja Kitchens, de São Paulo, foram feitas em 2014, ano da Copa. Coincidência, certamente. O Antagonista descobriu que a compra das cozinhas do triplex de Atibaia e do sítio em Atibaia na Kitchens foi feita por dois diretores da OAS. Um deles, como já revelado, chama-se Paulo Roberto Valente Gordilho, que deletou seu perfil nas redes sociais após nossa série de matérias. O segundo diretor é Roberto Moreira Ferreira, arquiteto de formação. Ferreira foi quem primeiro procurou a loja em 2014 para encomendar a cozinha do sítio e, posteriormente, a do triplex. Há ainda um terceiro personagem: a estagiária. O Ministério Público Federal vai fundo nessa história".

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